Olá, amores!
No dia 19 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, que tem como objetivo evidenciar e valorizar as mulheres líderes como protagonistas no campo empresarial. Embora representem 52% da população do Brasil, somente 13% ocupam posições de destaque em grandes empresas. Ainda assim, segundo dados do Sebrae e da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), o Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo.
Dados da pesquisa do Sebrae com a Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que, durante a pandemia, as empreendedoras foram mais eficientes na hora de implementar inovações em seus negócios. Além disso, leva-se em consideração a escuta ativa e os desafios de conciliar vida profissional e pessoal. Dessa maneira, o empreendedorismo feminino tem a importância de reduzir as diferenças nas oportunidades de crescimento de carreira entre homens e mulheres, e enriquece a diversidade de negócios.
Nesse intuito, para comemorar e refletir, reunimos oito mulheres à frente de negócios para nos contar suas experiências e perspectivas.
Renata aponta que líderes femininas também conseguem ver o todo, equilibrar, raciocinar e pensar pela intuição, trazendo maior efetividade ao motivar, engajar e desenvolver seus colaboradores,trazendo ambientes positivos e leves. “Essas características tornam as funções e colaboradores das organizações mais coesos com seus perfis comportamentais”, reforça. Além de ser uma forma de representatividade, as líderes inspiram e viram referência para outras mulheres, que querem crescer em suas carreiras para ocupar cargos altos em uma hierarquia.
Exemplos poderosos que inspiram
Para Bárbara Welter, Diretora de Vendas e CS da Coalize, a equidade é um tema cada vez mais debatido pelas empresas brasileiras, principalmente pela cobrança por mais igualdade de gênero nos papéis de liderança, dentro da hierarquia empresarial. Segundo a CS, esse movimento reforça uma tendência em espiral que tende a estimular ainda mais mulheres a empreender e alcançar os principais postos de trabalho, compartilhando suas trajetórias e ideias inspiradoras.
“Fico feliz em dizer que, atualmente, poderíamos citar inúmeros casos fascinantes de mulheres que estão fazendo história ao ocupar os principais cargos de liderança do mercado. Tenho um especial carinho e admiração por duas mulheres que me inspiram, tanto intimamente, quanto profissionalmente.” afirma Bárbara. Ela cita Mary Kay Ash, que a faz refletir sobre não existir uma idade certa para empreender, pois Mary começou mais tarde e ainda assim construiu um império de sucesso mundial, que se preocupa em promover um mercado de trabalho cada vez mais justo e igualitário. Também cita a brasileira Helena Rizzo, um dos grandes destaques do país e que lidera hoje um dos mais renomados restaurantes no mercado internacional.
Para a executiva, as mudanças no mercado podem ser notadas quando o contexto acima pode ser incorporado nas culturas das empresas que têm mulheres na liderança. E, também, na opção de conduta, como no caso dela, com humor e leveza. Raimo enxerga um crescimento de representatividade ao redor, o que aumenta a vantagem competitiva, pois há um quadro de sócios mais diversificado. Além disso, ela afirma que há uma abertura para contratação de pessoas mais diversas, baseada em habilidades necessárias para determinada frente, principalmente em empresas com propósitos sólidos, cultura que aposta na diversidade e é focada em pessoas como seu bem maior.
“O que me motivou, além de construir um negócio que realmente gere valor, foi construir um ambiente de trabalho que as pessoas pudessem crescer de forma sustentável e se sintam parte - até porque elas são - de tudo que vem sendo feito. Todos precisamos trabalhar, mas se as pessoas puderem trabalhar em um local que proporcione qualidade de vida, crescimento, e inclusão com uma boa renda - igualitária independentemente do gênero - para que possam realizar seus sonhos, não é muito melhor?”, finaliza.
“Comunicação e publicidade têm poder e ajudam, sim, a construir cultura. Sabemos disso por meio de maus exemplos, como racismo, machismo, gordofobia, homofobia, entre outros, que foram pautas publicitárias por décadas e deixaram suas feridas, ainda não cicatrizadas. Só com times representativos seremos capazes de dar conta da complexidade e da responsabilidade social que o nosso trabalho tem. Só assim ele pode ser justo, empático e construir bons exemplos para as novas gerações” ressalta.
Quando olhamos especificamente para a área social, a executiva explica que é nítido o quão a maioria das iniciativas são lideradas por mulheres. “Costumo dizer que a mulher vem com o chip do propósito instalado, e aliado a um desenvolvimento constante, acaba por criar projetos incríveis, inovadores e inclusivos”, finaliza.
O que mudou ao longo dos últimos anos
Maria Colli, co-fundadora da Pampili, acredita que a representatividade feminina no empreendedorismo se torna cada vez mais evidente. A quantidade de mulheres liderando negócios é muito maior hoje do que há 35 anos (quando iniciou com a marca de lifestyle da menina), época que começou a empreender. “Acredito que o fato da Pampili ter nascido com alma e essência feminina, tem um peso ainda maior para cada vez mais transformarmos juntos o mundo em um lugar melhor para ser menina, afinal, um mundo melhor para ser menina é um mundo melhor para ser mulher”, declara a co-fundadora da marca.
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