Olá, amores!
Na recente entrevista, a escritora independente Carmem L. Marcos, compartilhou sua emocionante jornada literária, culminando na seleção de seu conto pela renomada editora Lura. Este reconhecimento não apenas valida seu talento, mas também destaca a crescente valorização da literatura independente no cenário editorial brasileiro.
O que a inspirou a escrever "Ecos do Bosque" e como a Bienal de São Paulo influenciou sua escrita?
R: Minha maior motivação para escrever "Ecos do Bosque" foi a proposta do projeto da editora Lura, que já é consolidada na organização de antologias/coletâneas. Quando vi esse projeto voltado ao gênero terror e que eles iria fazer o lançamento na Bienal, vi nele uma oportunidade de ter uma experiência literária na posição de autora. E foi algo incrível para mim. Ter contato direto com os leitores me deu um novo impulso e eu espero que seja o início de uma fase produtiva para a minha escrita.
Quais são os elementos essenciais que você acredita serem necessários para criar uma atmosfera de terror eficaz em seus contos?
R: Ambientação é essencial. Ela deve refletir o estado emocional dos personagens e evocar sensações de isolamento, mistério e vulnerabilidade. É necessário criar tensão no leitor e mantê-lo no limite.
Como você desenvolve seus personagens em histórias de terror para torná-los envolventes para o leitor?
R: Os personagens se apresentam de diversas formas. Muitas vezes eles se apresentam sem haver uma ideia para um livro específico. Às vezes se apresentam nos meus sonhos. Às vezes os vejo em determinados ambientes ou situações. Aí dialogo com eles: - Olá! Você se enquadraria em tal história. Venha cá, vou te guardar aqui e arrumaremos uma história para você! Ou, como no caso do "Ecos do Bosque", eu passo a meditar sobre um ambiente/contexto e os personagens vão se desenhando.
Você pode compartilhar algum desafio específico que enfrentou ao escrever "Ecos do Bosque" e como superou?
R: Limite. Meu maior desafio foi escrever o que desejava no limite proposto pela editora. Sempre escrevo bastante e depois preciso lapidar o texto até ele chegar no ideal.
Quais autores ou obras de terror influenciaram seu estilo de escrita e como eles impactaram sua abordagem no gênero?
R: Sempre gostei de terror, mas não escrevo só terror. Minha influência literária passa por muitos autores e experiências e devo ressaltar o gosto da minha família pelos "causos de assombração". Mas algumas influências cruciais foram Edgar Allan Poe, Bram Stoker, Mary Shelly, H.P. Lovecraft e claro, o rei Stephen King de quem sou fã incondicional.
Sobre a autora:
Carmem se formou em Serviço Social e atuou por 25 anos como investigadora de polícia, onde teve contato com as mais diversas formas de sofrimento humano.
Amante da literatura e das artes em geral, fez pós-graduação em arteterapia e após encerrar sua carreira como policial passou a se dedicar integralmente à escrita.
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