Olá, amores!
De acordo com um estudo realizado pelo Centro de Tecnologia Aplicada, da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil foi constatado como um dos países mais digitalizados na atualidade, possuindo cerca de 447 milhões de dispositivos digitais em uso doméstico e corporativo. Considerando a chegada dessas novas ferramentas ao mercado, a área de produtos continua a se adaptar, na medida em que seus profissionais e lideranças passam a incorporar novos aprendizados e demandas.
Depois de um 2022 bastante desafiador para empresas de tecnologia, envolvendo muitos cortes e layoffs, é hora de olhar para a frente e se preparar para 2023. Pensando nisso, Marcell Almeida, CEO da PM3, escola referência em educação de produtos digitais do Brasil, listou quais serão as oito principais tendências no setor para 2023, com base na sua expertise e também em dados da pesquisa Panorama de Product Management 2022. Confira:
- Squads mais enxutos
“O ano de 2023 vai ser mais complexo, pois ainda teremos por um tempo uma taxa de juros alta. Seja no Brasil ou em outros países. Isso, junto com a crise que as empresas de tecnologia estão vivendo, vai fazer com que mais empresas decidam ter equipes enxutas para desenvolver soluções. Com isso, as equipes de produto poderão arriscar menos e precisarão ser mais assertivas na hora de priorizar, portanto aplicar as melhores técnica de Product Discovery se tornará algo chave para este ano.”, diz Almeida.
- Growth saudável
A presença de times menores derivada das incertezas mercadológicas também reforçam a ideia de que o ideal para as marcas não é apenas crescer, mas sim o fazer de forma planejada, saudável e com margem de lucro. “Nesse contexto, fluxo de caixa, métricas como EBITDA, runaway, a construção de collabs e produtos paralelos que sustentem o produto principal devem se destacar cada vez mais”, afirma o CEO da PM3.
- Análise de dados
Segundo a pesquisa Panorama de Product Management 2022 - 2023, 24,3% dos respondentes indicam que a Análise de Dados (Data Analytics) está entre as principais habilidades a serem desenvolvidas nos próximos dois anos. “Observar as métricas e os valores corretos e compreender, de fato, como os usuários estão refletindo valor para as empresas se mostra totalmente em voga no mercado”, explica Almeida.
- Lideranças mais gentis
O estudo da escola de produtos digitais também mostrou que a Liderança de Produto é outra das principais habilidades que os entrevistados visam desenvolver nos próximos dois anos (36,5%). Para Almeida, essa tendência se dá justamente pela gama de incertezas econômicas que devem ser observadas nos próximos meses. “Vislumbrar as necessidades dos consumidores e conectá-las aos negócios da companhias, assim como o desenvolvimento de uma gestão mais humana e próxima, serão fundamentais para demonstrar tranquilidade e capacidade em situações críticas para os times”, reforça.
- Marketing de Produto
A pesquisa da PM3 ainda traz um padrão encontrado nas empresas, independente do tamanho, da falta de profissionais de Marketing de Produto, com 40% dos entrevistados reportando que não há nenhum colaborador com esse perfil na equipe. “O dado indica que teremos um processo intenso de capacitações internas, para que o profissional seja capaz de conectar Produto, Vendas, Customer Success e Marketing e, assim, entregar posicionamento, proposta de valor, empacotamento e preço justo para o usuário na ponta”, destaca o executivo
- Maior presença feminina
Quando o assunto é gestão de produtos, as mulheres estão assumindo um protagonismo cada vez maior, como o próprio estudo da PM3 indica, ao revelar que elas já representam 50% das pessoas que trabalham na área. “Iniciativas como as da Mulheres de Produto e influenciadoras do segmento, como A Garota de Produto, Product by Dani, Yas Produteira e outras criadoras de conteúdo, acabam por impulsionar mais presenças femininas a entrarem e evoluírem no setor”, pontua Almeida.
- Privacidade de dados
Os novos desdobramentos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) têm gerado uma preocupação crescente nos consumidores em como seus dados são utilizados pelas empresas. “A exigência por uma maior transparência vai motivar as marcas a construírem onboardings mais claros sobre o uso desses materiais, além de dar a liberdade para que os usuários ajustem as informações disponíveis enquanto clientes e as excluam ao final de seus contratos”, ressalta o CEO da escola de produtos digitais.
- Explosão dos meetups
Por fim, apesar das idas e vindas decorrentes da pandemia, o retorno dos eventos, assembleias, grupos de discussão e palestras presenciais podem colocar os meetups em alta em 2023. “Um exemplo de como os encontros presenciais continuarão crescendo foram os mais de 15 Product Camp Pockets que aconteceram em diversas cidades pelo país, sem falar de iniciativas como a Product Arena e a Product Tank, em Florianópolis”, finaliza Almeida.
Sobre a PM3
A PM3 é a maior referência em educação de produtos digitais do Brasil. Ao apostar na grande diversidade de instrutores - membros das maiores empresas de tecnologia do país -, a edtech consegue unir teoria e a prática da área de produtos de maneira online, organizada, aprofundada e democrática.
Com mais de 20 mil estudantes, a escola tem como propósito elevar a barra de ensino no setor e colocar o Brasil no mapa da inovação em produtos digitais mundial.