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7 de novembro de 2022

Penteados e procedimentos podem causar calvície: é a alopecia cosmética de tração

 Boa tarde, amores!

A cantora Taylor Swift, famosa por usar muitas tranças, na revista Rolling Stone. Imagem retirada do Instagram

Quando se fala em cabelo, os cuidados vão além da lavagem diária, do uso de bons produtos e de fazer hidratação. É preciso se atentar à maneira como os fios são tratados também na hora de fazer um penteado. É importante que eles não sejam constantes, dando um descanso para o couro cabeludo. Isso porque os movimentos de puxar e esticar os fios podem resultar na calvície por alopecia cosmética de tração.

O médico e tricologista Luciano Barsanti (foto), presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia (SBTri), explica melhor o assunto. “Esta é uma situação frequente e ocorre pelo arrancamento do músculo sustentador do fio de cabelo. Cada fio é fixado no interior do couro cabeludo por esse músculo, que é muito fino e frágil”, diz.

Ele cita que o problema ocorre com frequência pela tração excessiva nos fios causada pelas tranças, rabos de cavalo, grampos, tiaras, ‘piranhas’, chapinhas, alongamentos, apliques, entrelaçamentos, tererê e outras agressões que puxam os fios. “Em cada dez pacientes atendidas em minha clínica, o Instituto do Cabelo, seis mulheres apresentam algum grau de calvície por tração. Em homens com cabelo comprido, também pode acontecer”, esclarece.

O médico diz que existem casos de perda definitiva de fios. “Quando o músculo se rompe, o bulbo capilar desprende-se da artéria que nutre cada raiz, provocando a perda do fio, sem volta. Sendo assim, é importante lembrar que os cabelos são como os melhores amigos, você só sente falta deles quando os perde”, alerta o médico.

Tratamento

Mas é possível tratar a alopecia de tração. E, para que o tratamento seja o mais efetivo possível, é importante que ele seja feito rapidamente. O primeiro passo é interromper a tensão nos fios de cabelo, evitando os traumas causados pelos penteados ou procedimentos ou, pelo menos, diminuir a frequência e o período de tempo em que são feitos.

E, mais do que isso, é fundamental procurar por um médico e tricologista, que é quem poderá definir o tratamento específico para cada caso, com maiores chances de funcionar para o paciente. O tratamento será definido de acordo com o tipo de cabelo, com a intensidade da perda dos fios de cabelo e da seriedade do caso.

“O ideal é realizar um excelente diagnóstico da causa da alopecia, sempre, verificando se há outros problemas e patologias relacionadas. Apenas um médico e tricologista, que tenha experiência e estrutura para isso, consegue realizar esse diagnóstico – inclusive indicando tratamentos multidisciplinares, caso seja necessário. Depois, o tratamento é adotado, com métodos não-invasivos de eletroestimulação do bulbo do cabelo e desobstrução do óstio (orifício). O ideal é utilizar insumos adequados e laser de baixo comprimento de onda para recuperação capilar, sem microagulhamento ou mesoterapia, que podem causar infecções no paciente”, aconselha. 

Sobre o Dr. Luciano Barsanti e a Dra. Marcia Cecilio

Dr. Luciano é médico e Tricologista, Presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia "SBTri", membro titular do American Hair Loss Council - USA e da Sociedade Italiana de Tricologia, além de membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia.

Dra. Marcia Cecilio é Médica e Tricologista, membro titular do American Hair Loss Council - USA, membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, e membro da Sociedade Brasileira de Tricologia - SBTri.