Olá, amores!
Aumento da produtividade, menor tempo de entrega das versões e releases das aplicações, utilização de tecnologia de ponta, curva de aprendizado alta e maior retenção de talentos. As plataformas low-code vieram para ficar e ditar novo ritmo na transformação digital do meio corporativo.
Permitindo que aplicativos e soluções digitais sejam criados mesmo diante de pouco, ou nenhum, conhecimento de linguagem de programação, esse tipo de tecnologia vem democratizando o processo construtivo da área ao possibilitar que pessoas de fora da área de tecnologia possam contribuir na construção dos produtos digitais.
Diante dessas novas possibilidades, as organizações, sejam de pequeno, médio ou grande porte, estão cada vez mais se voltando para as plataformas low-code com o objetivo de atender às demandas crescentes pela criação de aplicativos e contribuir para a construção de fluxos de trabalho automatizados e altamente personalizados. O resultado dessa recente realidade leva a uma entrega de valor muito mais rápida, assertiva às necessidades e de custo reduzido para as companhias.
Até por isso, não é de se espantar que as projeções para o mercado mundial de tecnologias low-code estejam em proporções altíssimas. Segundo um estudo desenvolvido pela consultoria Gartner, a expectativa é de que esse mercado movimente cerca de US$ 26,9 bilhões em 2023 (R$ 140 bilhões), um aumento de 19,6% em relação ao ano passado. Mais do que isso, a instituição afirma ainda que até 2024, cerca de 65% das aplicações no mundo serão desenvolvidos a partir de plataformas low-code.
Novos atores no cenário
Não existe mais questionamentos de que atualmente estamos vivendo a era digital. Todas as empresas, soluções ou produtos estão passando, ou já passaram, pelo desenvolvimento tecnológico na busca pela simplificação de processos e otimização de custos. Porém, diferentemente do que muitos imaginam, o desenvolvimento dessa nova era precisa envolver muito mais do que apenas os profissionais de TI.
Outro número interessante divulgado pela Gartner estima que ao menos 50% dos colaboradores envolvidos nos projetos de desenvolvimento digital serão pessoas de fora do universo de TI até 2025. Conhecidos como ‘Citizen Developer’ (em inglês, algo como desenvolvedor cidadão) - termo trata de pessoas que não estão inseridas no setor de tecnologia, mas mesmo assim são responsáveis pela construção de softwares -, esses profissionais conseguem se aproveitar da simplicidade das plataformas low-code para elaborar ferramentas assertivas diante dos problemas cotidianos das empresas.
Obviamente as aplicações ‘core’ ainda irão exigir performance e segurança mais complexas e robustas, até por atingir públicos maiores e necessitar de uma capacidade técnica maior, que só os desenvolvedores conseguem resolver. Porém, não há como deixar de lado o papel importante que vem sendo desempenhado pelos ‘Citizen Developers’, que irão ajudar a preencher uma demanda gigantesca prevista para os próximos anos. O desafio do mercado é apenas ficar atento se essa abertura para o desenvolvimento digital não pode gerar o efeito contrário ao desejado, acarretando em novos problemas à área. Até por isso a vigilância é fundamental.
A verdade é que não há como ignorar os méritos que as plataformas low-code vem trazendo para o cenário de transformação digital das corporações. Contar com desenvolvedores de TI e também profissionais de outras áreas que possam atuar neste tipo de ferramenta é essencial para que as empresas alcancem de forma mais rápida o nível de competência tecnológica exigido pelo ecossistema que estamos construindo.
*Felipe Horta é Outsystems tech lead na Framework Digital. Formado em Engenharia Elétrica pela PUC-Minas e com inúmeros certificados em OutSystems, possui mais de 30 anos de experiência no setor de tecnologia. Desde 2017 está na Framework, onde é uma das principais referências da empresa.