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27 de março de 2023

Turismo de bem-estar, que incentiva um estilo de vida mais saudável, cresce no Brasil

 Olá, amores!

Michelle Andreazza, CEO da Amo estar bem, no Banana Bamboo Ecolodge, localizado na praia de Ubatumirim, em Ubatuba, litoral norte de São Paulo.Divulgação

O turismo de bem-estar surgiu em meados de 2013, quando o Global Wellness Institute (GWI) publicou seu primeiro estudo mundial sobre o segmento. Atualmente, o Brasil ocupa o 23º lugar entre 218 países analisados pela GWI, mas tem potencial para subir ainda mais neste ranking. Segundo Michelle Andreazza, idealizadora e CEO da Amo estar bem, primeiro portal especializado em turismo de bem-estar no Brasil, muitas pessoas ainda não conhecem o termo e não sabem que existe este segmento de turismo voltado a viagens com mais propósito, onde viajantes procuram por reconexão, contato com a natureza, momentos de autocuidado e ações sustentáveis.

Há excelentes opções de turismo de bem-estar no Brasil e para todos os gostos e bolsos, de resorts à campings. O desafio é identificar, entre as centenas de ofertas disponíveis em cada região, quais de fato promovem autoconhecimento e despertam um olhar para um estilo de vida mais saudável e harmonioso. É comum a percepção de que, para oferecer vivências que promovam bem-estar, basta ter proximidade com a natureza e uma boa estrutura de serviços, mas, na verdade, é necessário mais do que isso”, observa a especialista em bem-estar. 

O envolvimento com o tema de turismo de bem-estar chamou a atenção de Michelle em meados de 2018, quando ela precisou cuidar da própria saúde mental e, com dificuldade de encontrar boas opções, percebeu que inexistiam critérios para definir quais espaços e roteiros eram apropriados para essa modalidade de turismo. 

Para começar sua jornada pelo setor, ela realizou uma pesquisa de mercado com mais de 200 turistas e constatou que, entre os motivos que os levavam a procurar uma viagem com foco em bem-estar, os principais eram equilibrar a saúde física e mental, renovar as energias da alma, desestressar, ter atividades ao ar livre e conexão com a cultura local. Foi aí que Michelle decidiu lançar o portal Amo estar bem, com o propósito de mapear locais que, além de natureza e qualidade de atendimento, tenham foco em relaxamento, autoconhecimento, reconexão, ações sustentáveis, parcerias com a economia local e atendimentos terapêuticos como massoterapia, terapias integrativas ou holísticas.

A empresa já avaliou mais de 300 hospedagens e espaços de retiros brasileiros, porém, apenas 70 apresentaram todos os requisitos necessários para integrar o catálogo online, que pode ser gratuitamente acessado pelas pessoas interessadas em uma viagem focada no turismo de bem-estar. Para os espaços que ainda precisavam de aprimoramento, a Amo estar bem tem o cuidado de dar feedbacks e sugerir melhorias, como uma espécie de consultoria. “Nossa curadoria é permanente e estamos sempre atentos aos comentários dos usuários do portal. O que nos mobiliza é ver o segmento continuar evoluindo e desenvolvendo a consciência do que é bem-estar, assim todos podem ter a oportunidade de usufruir uma vida com mais equilíbrio, presença e energia ativa”, complementa Michelle. 

Uma grande parte das hospedagens e espaços de retiro cadastrados no portal se enquadram na categoria Ecolodge, ou seja, atuam respeitando ao máximo o habitat onde estão localizadas, desde suas construções, com materiais que impactem o mínimo possível o meio ambiente, assim como a conservação da flora e fauna local, com plantações de agroflorestas e hortas orgânicas, o manuseio e descarte de resíduos, a coleta e separação dos lixos, entre muitas outras pequenas ações que impactam, de forma positiva, quem passa por ali. 

As oportunidades são divididas entre viagens para o campo, com o ar das montanhas e cachoeiras, ou para o litoral, para sentir a brisa do mar. Outro aspecto positivo da iniciativa é que as hospedagens e espaços de retiro da comunidade, também podem fazer parte da Rota do Turismo de bem-estar, mas para isso é preciso, além de já fazer parte da comunidade, ter um diferencial que é uma vivência inclusa na hospedagem. Nesse caso é disponibilizado o Selo de Reconhecimento ao Turismo de bem-estar no Brasil, o que facilita ao turistas identificar de imediato quais locais se destacam nessa modalidade de turismo já com vivência inclusa.

“Antes, as hospedagens e retiros de bem-estar ficavam escondidos, entre tantas opções convencionais, que não se destacam por suas experiências, mas por sua estrutura, e isso muitas vezes acabava atraindo o público errado, que não entende o propósito do local e, em alguns casos, acabava gerando uma avaliação negativa para o espaço indevidamente. Isso sem dúvida era um dos principais fatores que dificultava o crescimento do turismo de bem-estar no Brasil”, conta Michele.

Desde o auge da pandemia, o interesse por viajar e se hospedar em locais mais afastados, com menos acomodações, em contato com a natureza e que proporcionam vivências e experiências de bem-estar, se tornou uma realidade. “Síndrome de burnout, falta de foco, saúde mental e problemas de relacionamento interpessoais por estresse e solidão são consequências da sociedade atual e afetam diretamente nossa vida pessoal e performance profissional. Com a pandemia de Covid-19, todos esses sintomas se intensificaram, o que fez o bem-estar se tornar uma necessidade e não mais só uma questão de relaxamento. É uma questão de cuidado com a saúde”, ressalta a especialista.

Amo estar bem está há dois anos em operação e se consolida como o primeiro portal especializado em turismo de bem-estar do Brasil, com presença em 14 estados e 51 municípios, com destaque para Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, RIo Grande do Sul e São Paulo. Está nos planos da empresa, em breve, começar a atuar com foco no público estrangeiro para atrair turistas internacionais para o turismo de bem-estar no Brasil, alavancando a economia local de diversas regiões.