Olá, amores!
Karol Conká por Jonathan Wolpert |
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| Peças da coleção colaborativa Entre Tramas e Dramas (2023) dos aprendizes do Núcleo de Moda | Crédito: Vxldinei |
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| Tasha&Tracie por Karla Brights |
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Para mostrar que a passarela também é coisa das periferias, a Fábrica de Cultura Jardim São Luís — Programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerenciado pela Organização Social Poiesis — promove a 1ª Semana de Moda Periférica com bate-papos e desfiles, além de apresentações musicais. O evento, que vai de 26 a 30 de novembro, marca a conclusão da primeira turma do Núcleo de Moda das Fábricas de Cultura, projeto com sede na unidade. Iniciado em 2023, o Núcleo oferece uma formação de dois anos na área têxtil, sob o viés de criação, articulação e ampliação do repertório para pessoas com interesse em moda e empreendedorismo nesse ramo da Economia Criativa.
Além da formação para os aprendizes, o Núcleo de Moda realizou cerca de 16 encontros livres, dentre oficinas de prática têxtil, palestras sobre criação de marca e identidade, e bate-papos com criadores de moda, dentre eles Cintia Félix, da AzMarias, e Brabo, da Brabo.br. Outra ação do projeto é a Troca de Saberes, uma série de encontros, com duração de três meses, abordando questões como identidade, moodboard (painel com referências visuais), direção de arte, corte e costura. Essas ações impactaram quase 400 pessoas em dois anos de atuação.
Neste ano de 2024, buscando ampliar o braço focado em empreendedorismo, o Núcleo de Moda realizou duas edições da Mostra Moda, alçando um público de mais de 500 pessoas e potencializando cerca de 40 empreendedores locais. A feira de empreendedorismo local destaca aprendizes do Núcleo de Moda com os próprios negócios, como brechós e marcas, e artistas locais atuantes no mercado da beleza, moda e estética.
Para Jaque Loyal, ex-aprendiz do programa Fábricas de Cultura, criadora do Movimento de Moda Periférica Loyal e supervisora do Núcleo de Moda, o trabalho construído nos últimos dois anos vem estabelecendo as bases para uma rede colaborativa focada na formação em moda a partir das periferias.
“O Núcleo de Moda é um curso que tem a moda periférica, identidade nacional e a economia circular como norteadores. Foram dois anos vivenciando, experimentando e estudando formas e possibilidades do que é fazer moda. Queremos evidenciar que moda periférica não é apenas uma tendência do momento, e sim o futuro da moda nacional”, afirma.
Nos últimos dois anos, a turma do Núcleo de Moda desenvolveu quatro desfiles, alcançando um público de quase 800 pessoas, e produziu três coleções colaborativas focadas na construção de uma moda brasileira periférica. Agora, os quase 30 aprendizes, em sua grande maioria pessoas não-brancas e LGBTQIAPN+, irão apresentar coleções individuais na 1ª Semana de Moda Periférica.
“Realizar uma semana voltada para a moda periférica é evidenciar esses profissionais que estão nas quebradas promovendo estilos acolhedores, com identidade e propósito. É uma celebração do movimento da moda periférica que vem ocorrendo nos últimos anos”, conta Jaque Loyal.
Confira a agenda da 1ª Semana de Moda Periférica:
De 26 a 28 de novembro, terça a quinta, sempre às 19h, acontecem bate-papos e palestra sobre diferentes aspectos da moda periférica. O público poderá conversar com Letícia Cortes, diretora criativa da marca VOLAT, e Alex Santos, fashion designer, representante e líder do Periferia Inventando Moda (PIM) no Geração Curto Circuito Talks, ação focada nas possibilidades do mercado de trabalho na moda.
Outro destaque é a palestra sobre Moda circular, etnoracial, de gênero e periférica, com a estilista e produtora de moda Dandara Maria e a estilista Kyanna Mariê, arte-educadoras da última edição do Troca de Saberes. As artistas fazem parte da Coletiva Revista Aquenda, com sede no Grajaú. Além disso, o evento terá um bate-papo com a pesquisadora e produtora Fabiana Ivo e o Babalorixá Adriano Ayrá sobre o projeto Liturgia da Moda, criado por eles, focado na valorização e no simbolismo das vestimentas nas religiões de matriz africana.
E no sábado, 30, a partir das 16h, o público poderá assistir ao desfile de 26 coleções que destacam a identidade, criatividade e potência dos aprendizes do Núcleo de Moda ao som das Dj’s Maia Caos, Cais Niara e Livea. Após os desfiles, o público poderá aproveitar os pocket shows de Tasha & Tracie, rappers do Jardim Peri que trazem suas vivências e a cultura de quebrada, e de Karol Conká, rapper curitibana que apresentará músicas marcadas pela força da mulher e pela riqueza da cultura negra.
E fique ligado! A partir de janeiro estarão abertas as inscrições para a 2ª turma do Núcleo de Moda. Para saber mais sobre o trabalho desse projeto das Fábricas de Cultura e formas de participar, acesse o site do Programa.
SERVIÇO:
Toda a programação é gratuita
Sem necessidade de inscrição. É só chegar e aproveitar!
Fábrica de Cultura Jardim São Luís
Rua Antônio Ramos Rosa, 651 | Tel: (11) 5510-5530
1º SEMANA DE MODA PERIFÉRICA
De 26 a 30 de novembro | Livre
Agenda:
26/11, às 19h | Bate-papo Geração Curto Circuito Talks: Moda Periférica
27/11, às19h | Palestra Por uma moda circular, etnoracial, de gênero e periférica
28/11, às 19h | Roda de Conversa Liturgia da Moda: vestimentas e culturas nas religiões de matriz africana
30/11, às 16h | Desfile Núcleo de Moda
20h20 | Pocket Show Tasha & Tracie
20h50 | Pocket Show Karol Conká
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Funcionamento das unidades: terça a sexta, das 9h às 20h
Unidades Iguape e Vila Nova Cachoeirinha, das 9h às 21h.
Núcleo Taipas, de terça a sexta, das 9h às 21h30
Unidade Jaçanã, das 9h às 21h
Unidade Osasco, das 9h às 21h (terças, quintas e sextas) e das 9h às 19h (quartas)
Sábados, das 9h às 17h, com exceção do Núcleo Taipas que abre das 9h às 17h30.
Domingos: Fábricas de Cultura funcionam no domingo somente em caso de programação cultural.
Funcionamento das bibliotecas: de terça a sexta, das 9h às 19h.
Sábados: das 9h às 17h (conforme a programação) | Domingos: Fechadas.
Acessibilidade: as Fábricas de Cultura Vila Nova Cachoeirinha, Brasilândia, Jaçanã, Capão Redondo, Jardim São Luís, e Diadema, oferecem rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, elevador, sanitários acessíveis, piso tátil, equipamentos que permitem a leitura para pessoas com deficiência visual e motora, impressoras braille, leitor de audiobooks e acervo com mais de 191 exemplares em braille (livros e audiobooks), além de dicionário em Libras. A Fábrica de Cultura Osasco tem rampa de acesso, elevador e os recursos de acessibilidade na Bibliotech, enquanto a Fábrica de Cultura Iguape tem piso tátil nas escadas e elevador.
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SOBRE O PROGRAMA FÁBRICAS DE CULTURA
As Fábricas de Cultura da zona norte e sul de São Paulo, Diadema, Osasco e Iguape - Programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerenciado pela Poiesis - são espaços de acesso gratuito que colaboram na ampliação do conhecimento cultural por meio de diversas atividades artísticas e formativas. Em 2024, todas as unidades gerenciadas pela Poiesis contam com o patrocínio do Instituto CCR, ViaMobilidade e do Mercado Livre, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Apoios como estes contribuem na melhor realização de atividades de formação e difusão cultural para crianças, jovens e adultos das comunidades periféricas onde as Fábricas de Cultura oferecem cursos, bibliotecas, estúdios de gravação e atrações artísticas.
SOBRE A POIESIS
A Poiesis é uma Organização Social de Cultura que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.